O papa Francisco afirmou que está preocupado com as queimadas que estão destruindo a Amazônica. A declaração foi dada neste domingo (25) na Praça São Pedro, no Vaticano, diante de uma multidão de fiéis.
(Foto: AFP Photo/Vincenzo Pinto)
“Estamos preocupados com os grandes incêndios que se desenvolveram na Amazônia. Esse pulmão florestal é vital para o nosso planeta”, afirmou o pontífice argentino que fará uma grande conferência mundial sobre a Amazônia neste ano. As informações são da agência AFP.
O papa pediu que os 1,3 bilhão de católicos do mundo rezem “para que, graças ao empenho de todos, esses incêndios sejam extintos o mais rápido possível”.
Na última quinta-feira (22), o papa disse ao jornal La Stampa que líderes mundiais precisam descruzar os braços diante da destruição da floresta amazônica e lembrou que o bioma “é um lugar representativo e decisivo para o mundo” que , “junto com os oceanos, contribui determinantemente para a sobrevivência do planeta”.
Em maio, Francisco se reuniu com o líder indígena Raoni, que esteve na Europa para fazer um alerta sobre o desmatamento da Amazônia. O objetivo da viagem era arrecadar um milhão de euros para proteger a reserva do Xingu, no Brasil.
Na encíclica “Laudato si”, de maio de 2015, o papa denunciou a exploração da floresta amazônica por “enormes interesses econômicos internacionais”. Neste ano, Francisco visitou Puerto Maldonado, um vilarejo no Peru cercado pela Amazônia, onde vivem milhares de índios peruanos, brasileiros e bolivianos. Durante a visita, o papa repudiou “a forte pressão de grandes interesses econômicos que cobiçam o petróleo, o gás, a madeira, o ouro, as monoculturas agroindustriais”.
De acordo com Francisco, essa viagem deu início aos preparativos para a Assembleia Mundial dos Bispos (sínodo), que será realizada em outubro e terá como foco a floresta amazônica, que ocupa 43% da América do Sul e é o lar de quase três milhões de índios.
Enquanto orava para os fiéis na Praça São Pedro, o papa pediu que os católicos lutem “contra todas as formas de injustiça” e levem “uma vida humilde e boa, uma vida de fé que se traduz em ação concreta”.
Fonte: anda.jor.br