Mariana Dandara | Redação ANDA
Foto: Pixabay/Ilustrativa
O governo de Jair Bolsonaro, conhecido por ser avesso à preservação ambiental, pretende liberar 4,8 milhões de hectares de florestas para exploração econômica até 2022. O anúncio foi feito pelo Serviço Florestal Brasileiro (SFB), vinculado ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
Os primeiros estados que terão florestas concedidas à iniciativa privada serão o Paraná, Santa Catarina e Amazonas. De acordo com o Mapa, é a primeira vez que áreas do Sul administradas pelo SFB são liberadas para esse segmento.
A ministra do Mapa, Tereza Cristina, afirmou que o objetivo é ganhar velocidade com um novo modelo que irá ampliar a área concedida dos atuais 1,05 milhão de hectares para 4,8 milhões de hectares até 2022.
As Flonas em Irati, no Paraná, em Chapecó e Três Barras do Sul, ambas em Santa Catarina, serão as primeiras a serem exploradas pela iniciativa privada.
O Instituto Socioambiental (ISA) se preocupa com os indígenas e as comunidades tradicionais que vivem nesses locais e que serão afetados pelas concessões. “Por muito tempo foi a atuação dessas comunidades que permitiu a estruturação de atividades turísticas nessas áreas de forma única, afinal, são elas as detentoras de amplo conhecimento e sabedoria na relação com seus territórios. A experiência de vivência em territórios comunitários com contato direto com as comunidades propicia uma vivência única”, afirmou o ISA.
O Instituto considera necessário fortalecer parcerias público-comunitárias para a administração das florestas através da produção e da difusão de conhecimento qualificado e da formação de agentes comunitários.
O governo Bolsonaro mais uma vez prioriza os recursos financeiros e o benefício à iniciativa privada em detrimento da preservação ambiental. A ideia de desenvolvimento do presidente ignora a natureza e os animais que dela dependem para sobreviver e coloca em risco não apenas a existência das florestas e a preservação das espécies, inclusive as que estão ameaçadas de extinção, mas também a qualidade de vida dos humanos, que dependem de um meio ambiente equilibrado para viver bem.
Fonte: anda.jor.br